Ao som de How Insensitive (Instrumental)- Tom Jobim
Ontem fui ao Municipal. 95 anos de comemoração em uma noite fechada pelo Coro e Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, que executou pela primeira vez a Sinfonia N10 Ameríndia de Villa Lobos integralmente, sem ser regida pelo próprio Villa Lobos. Segundo o regente Sílvio Barbado (que devia se chamar Sílvio Descabelado), a primeira e única vez em que isso fora feito foi em 1957, pelo próprio Villa Lobos, na França.
A obra falava da colonização e passava pelos principais elementos da nossa terra através dos movimentos. Movimentos peristálticos à parte, as pessoas começaram a sair das salas ao longo de cada um dos 5 movimentos (do Ameríndio!). Eu, particularmente, não entendi nada do espetáculo inteiro. Muito complexo pra ser apresentado prum público em sessão gratuita. Talvez pra qualquer público. Por isso o próprio Villa Lobos o fez apenas uma vez. Presente de Grego (ou melhor, de brasileiro sacana mesmo) pros franceses.
Pelo menos tinha uns barulhinhos legais de passarinhos no meio dos movimentos: sabiá, bem-te-vi... E também, os textos em tupi diziam que os índios caçavam mulheres de pernas grossas que faziam as ocas. Lição da noite: adoro Villa Lobos, mas pra quem diz ser um fã, me saí bem somente como falastrão.
E hoje, ao ir pro trabalho, Fofoqueira news:
- Minina, vcs nem sabem de nada! O andar do meu marido pegou fogo!
- Nossa! E como foi?
- Foi quente pra caramba! Os bombeiro não tinham escada!
- Ai, meu Deus!
- Todo mundo ficou vivo. Os apartamento tudo ficaram com fulige - destaque para o "fulige".
- Ai, Jesus!
- É... As mangueira... As mangueira num chegava até os apartamento. Teve que esperar os outro bombeiro! Graças a Deus todo mundo ficou vivo. Meu marido tava num desespero.
- Nossa... Que horror!
- Morreu só o papagaio. Coitado. Falava pra caramba.
Foi descoberto o mistério: o papagaio era diplomata. Falava 5 línguas e era muito sociável. Tinoco. Virou Cotoco de Carvão.
E do alto da sabedoria dessa criatura de cabelos revoltos falando do marido, ela solta a pérola:
- Sabe que eu reparei uma coisa?
- Diz, amiga.
- Interessante... Quando os bombeiro jogava água, sabe aquelas fumaça preta que sobe?
- Sei, sei... O que tem?
- Deixava os apartamento de cima tudo preto... E depois soltava água...
- Ahn...
- É. Olhei aquilo e descobri o que era.
- É? E aí?
- A fumaça do fogo fabrica água. Interessante, né?
O pior da história foi o tom de nova descoberta com o qual três outras mulheres se manifestaram na lotada:
-Séééééério?! Nossa, eu não sabia! - Me recusei a acreditar que falavam sério.
Enquanto isso, no meu heart:
Quinta... Sexta! Linda!
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