quinta-feira, dezembro 28, 2006

Manhã

O mergulho da Lua adentro
Pra que sereno?
Manhã

O sono sem desespero
Descanso pra que ela chegue
Manhã

O sagrado morrer todo dia
Na letargia da sonolência
Onde vai dar?
Manhã

Espero no litoral
Pra ver o nascer do Sol
Com ou sem boemia
Manhã

Ou despertando pra vida
Despertando tão cedo
Tanto antes pra que não se adiante
Manhã

A tristeza da vida
Quando toma a forma de luta
Empurrando-nos para a labuta triste
Toda manhã

Ou o raiar de mais um ano de vida
Telefones, docinhos, bolo e tortinhas
Naquela manhã

Criança que se dorme cedo
Garotos cujo zelo de seus pais é justo
Para que se descanse, e se mantenha a juventude
Dormindo bastante
Desde o cair da noitinha
Até de manhã

Na madrugada dos bambas
Na roda, como dizia o Noel
Pudera a noite ser infinita,
Pois quem manda as morenas embora?
Manhã.

Sinal do renascer
Bonança depois da tempestade
Tudo muda, havendo uma nova chance
Das seis às dezoito,
Mais doze horas de dia
Manhã.


segunda-feira, dezembro 18, 2006

Natal - Primeiras Impressões






Quebra-Cabeças

Da trama existencial
Sou apenas uma peça
E qual peça! Única, sem igual
Mesmo assim, no entanto,
Um tão tanto assim de passageira

Quando eu passar,
Onde passearei? Onde vou aportar?
Será meu mar, este aqui, o inicial?
Ou o fim do caminho a seguir?

Quanto tempo o tempo vai me dar?
Quanto vai durar o meu tempo de passar?
E se passar o passageiro agora,
Onde permanecerei?

Se eu me for, por acaso
(E que outro jeito há?)
Passado pra sempre
Será o passageiro assim
Uma idéia tão distante
Tão impermanente e passageira por lá?


sexta-feira, dezembro 15, 2006

Foi-Se Um Sanfoneiro

Sivuca, no dia 14 de Dezembro de 2006. Um dos grandes mestres do acordeon. Engraçado, não foi anteontem mesmo que eu passei por uma loja de instrumentos ali na Rua da Carioca e quase comprei uma sanfona de oito baixos? Olha, foi por pouco mesmo que não o fiz. Vou completar a façanha.

O sanfoneiro Sivuca morreu aos 76 anos, na madrugada desta sexta-feira (14), na Paraíba, vítima de câncer. O enterro do músico será no final desta tarde no Cemitério Parque das Acácias, na Paraíba.

Sivuca tinha a doença havia dois anos e já não conseguia se locomover.

Severino Dias de Oliveira nasceu em 1930 em Itabaiana, na Paraíba. Aos 9 anos, começou a tocar sanfona em feiras e praças na cidade natal e, aos 15, Sivuca veio ao Recife, onde começou a carreira profissional na Rádio Clube. Mais...


Segue Manu, com Feira de Mangaio, de Sivuca. Esse talvez seja o melhor momento de seu show na Letras & Expressões.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Mudanças

Sim, eu sei, o Progresso tem estado um pouco emperrado. Quando isso acontece, em geral, é porque eu tou um pouco acelerado. Mudei de trabalho recentemente. A partir de Segunda Feira, me torno um Analista de Processos. Vamos ver no que dá ;-)

Em breve, mais coisas serão postadas aqui. :)

Por enquanto, Divirta-se!

quinta-feira, novembro 23, 2006

171 - A Melhor Música do Ano

Eu não sei de quem é. Chegou por email a brincadeira, e resolvi colocar no ar.



Isso tem cara de coisa feita pelo Tom Zé. Alguém já ouviu o CD Estudando o Pagode e a Opereta Segrega Mulher?

Mó barato, né??? Achei o máximo!

domingo, novembro 19, 2006

Manu - Chiclete Mascado

Manu cantando Chiclete Mascado - música inédita de Roberto França
Apresentação em sua temporada de lançamento, na livraria Letras & Expressões de Ipanema. Os shows continuarão até Janeiro, às Sextas, 21:30. Quem viu, adorou.

Eu recomendo :)



Aliás, eu a amo demais :)

segunda-feira, novembro 13, 2006

Diálogo Confuso

Diálogo verídico, cedido por Giovani Tadei

Pedrinho: Sério, esse livro que tô lendo é f***... Você vai se amarrar... Não consigo parar de ler!
RRRAMON: Sinopse...?
P: Não, história verdadeira.
R: Sinopse significa resumo.
P: Sei lá... O livro tem mais de 300 pags... Não é muito sinopse não.
R: EU ESTOU PEDINDO UMA SINOPSE DO LIVRO, P****!!!!
P: Ahhh, p****!!! Se expressa então...


:-)
Lição do dia: tome cuidado com as explicitices.

Nota: o nome RRRAMON foi a pedido do próprio Giovani: "Zezinho? Não podia ter sido um nome mais imponente? RRRAMON??"

sábado, novembro 11, 2006

Feira de Mangaio

Segue Manu, com Feira de Mangaio, de Sivuca. Essa faz parte de sua apresentação no Letras & Expressões. Toda Sexta, até Janeiro, na Livraria Letras & Expressões, Ipanema, Rio de Janeiro. Na esquina da Vinícius de Moraes com a Visconde de Pirajá, às 21:30.

O vídeo é presente de Felipe Faria, excelente amigo. Valeu, Felipe :)



Àqueles que deixaram seus elogios ao blog, o meu MUITO OBRIGADO :-)
Agora, já entendi o que aconteceu. Ele entrou pra galeria do The Bobs, o evento mundial. É uma espécie de diretório dos blogs que "valem à pena" na Internet, então, já foi um ganho ;)

E acho que o Progresso progride, hein?? :)

quarta-feira, novembro 08, 2006

The Bobs - Retratação

VACILEI! :)

Achei que o Progresso estivesse com tudo, mas ele não anda lá com essa bola toda. Andei dizendo que o The Bobs havia colocado o Progresso na final, mas foi tuuuuuuuuudo ladainha. Eu não prestei atenção ao email da organização, e fui com muita sede ao pote.

Sem problemas. Esse ano, no Bobs, o Progresso não está com tudo. Me perdoem, leitores, eu pisei na bola. Acontece ;)

De qualquer maneira, tenho uma ótima notícia pra vocês: há blogs muito melhores do que o meu, indicados no The Bobs. Se você curte o Progresso, imagina o que não vai curtir quando ler alguns dos indicados na lista de votantes?

Melhor Weblog
Blogwurst, algo como "Blog Mais divertido" :P
Melhor blog em Português

Divirtam-se! :-)

segunda-feira, novembro 06, 2006

Freehugs - Abraços Gratuitos

Esse é meu pai. Hoje é seu aniversário. Parabéns, pai! ;)

Outro dia, fomos acertar uns documentos do aluguel do meu apartamento, e conversamos sobre vários assuntos. Naquele dia, percebi como minha maneira de pensar é parecida com a dele. Por incrível que pareça, foi a primeira vez que me identifiquei de verdade com a mente do meu pai. Até então, nunca havia notado isso. Talvez porque tivesse sido a primeira vez que conversara com ele sobre assuntos bem mundanos e gerais. Precisamos repetir a dose, várias vezes.

E aqui, um manifesto muito interessante em reação à impessoalidade no mundo. Me deixou emocionado de verdade. Deixo esse abraço em homenagem aos leitores, e principalmente para o meu paizão ;)

Para quem você dedicaria um abraço gratuito?

quarta-feira, novembro 01, 2006

Aventuranças Domésticas

Se você quiser voar
Tente aviõezinhos de papel
Dobre, respire, observe
Atente pro que chegará

Tente também os barcos
Na correnteza do seu quintal
Na banheira a transbordar
Porque chuveiro é cachoeira
Ou tempestade em alto mar

Mergulhe no oceano
Dos seus peixinhos dourados
Numa cantoria, tantos pardais
Triste do seu canário enjaulado
Persa que se dorme no sofá
É leão empanzinado

Deitar na rede é rasar de calcanhar rente ao chão
Ou se balançar como Tarzan
Dobre, respire, observe
Toda a extensão do seu reinado

Pernas pro ar, aprumar
Vê se tem um descanso, não descaso

Foto exposta na estante
É trazer pro presente o passado
E calendário na parede
É alimentar as esperanças
Do futuro desejado


domingo, outubro 29, 2006

Lula e o Milagre da Multiplicação de Empregos

Como criar novos postos de trabalho no Brasil?
Simples: redefinindo-se o que é um posto de emprego.

CBO = Classificação Brasileira de Ocupações

A reedição da CBO foi executada em 2002, primeiro ano do governo Lula.

"Desde a sua primeira edição, em 1982, a CBO sofreu alterações pontuais, sem modificações estruturais e metodológicas. A edição 2002 utiliza uma nova metodologia de classificação e faz a revisão e atualização completas de seu conteúdo."

Por exemplo:

5198 :: Profissionais do sexo

5243 :: Vendedores ambulantes (Camelôs)

Bom... Isso não são exatamente empregos. Essas pessoas, em geral, não têm vínculo empregatício nenhum, e se viram como podem pra viver. Mas o nosso presidente, o Lula, não pensa dessa forma. Votei nele da primeira vez. Não votei da segunda. Não porque o Alckmin fosse melhor. Era só pra variar a cagada.

Eu imagino nosso presidente nos falando o seguinte: "se você não conseguir trabalho, caro companheiro, que tal se prostituir, ou andar de Sol a Sol vendendo água mineral no sinal??"

Ele vai ter mais 4 anos pra fazer algo que preste. Já que não conseguimos destituí-lo, vamos pelo menos orar pra que ele pelo menos tente.

O que é, pra você, criar um emprego, caro leitor?

sexta-feira, outubro 27, 2006

Acerca do Equilíbrio Natural

O homem nada mais é do que um ser vivo muito bem adaptado e adaptável. Isso faz ocorrer a explosão demográfica, e entramos em dissonância com nosso meio ambiente. A nossa proliferação causa naturalmente o desequilíbrio e várias reações desse planetinha.

Felizmente, nós temos nas nossas mãos o conhecimento e a capacidade para restaurar o equilíbrio que ameaçamos.

Infelizmente, ter todo esse conhecimento e capacidade é bem diferente de ter a consciência do que devemos fazer.

Pode ser que estejamos cavando nossa própria cova, enquanto humanidade. Pode ser que não tenhamos essa consciência toda, na prática. Mas é bom saber que ela pode existir em algum lugar, pois me dá esperança, e ter esperança me faz bem.

Me sentir bem é sinônimo de querer continuar vivendo. Eu acredito que muita coisa vai ser transformada positivamente, nos próximos 70 anos. Não vou ser um neo-malthusiano, proliferando o apocalipse e o fim do mundo. Eu sei que vamos nos tocar. Ou vamos, simplesmente, deixar de ser.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Conheça-me: Eu Sou Isto Aqui

Certas coisas me fazem muito, muito, muito, muito mal.
Certamente, a falta de transparência é uma delas.

Esse lance de "deixa pra lá que depois tudo se resolve" é um pensamento muito pobre. Eu não gosto de desentendimentos.

"Um dia, um primeiro bom agricultor pegou suas melhores sementes e começou seu plantio. Veio um segundo bom agricultor e viu o trabalho de seu companheiro. Ao olhar pro chão, estava lá um pacote vazio das piores sementes. Não se sabe como surgiu aquele pacote vazio. Ele apenas estava lá, pronto para enganar um observador desatento. O segundo agricultor chamou a atenção do companheiro e começou a catar as melhores sementes do chão, alertando seu amigo de que aquelas não eram as melhores, mas sim as piores sementes. O primeiro agricultor deixou seu bom amigo continuar o trabalho, porque sabia que ele era alguém muito especial e bem intencionado. E assim, as boas sementes foram mais tarde jogadas ao fogo pelo segundo agricultor, que tinha as melhores intenções."

A reação do primeiro agricultor não tem lógica. Mas é exatamente isso que fazemos durante toda vida, ao deixarmos um pequeno desvio de entendimento perdurar. Somos como o primero agricultor que, tendo plantando boas sementes, deixou que alguém as destruísse, simplesmente porque era alguém tão bem intencionado quanto ele.

Imagine se eu ficasse quieto a cada vez que desse a entender algo que não fosse verdade? As pessoas, aos poucos, formariam uma opinião equivocada sobre a minha pessoa. E pra reverter esse quadro, como seria? Teria que catar cada pequeno engano pra desenganar? Eu quero uma opinião baseada na verdade dos fatos, e não numa interpretação trocada.

Eu detesto tudo o que fira a minha integridade. Esse é um problema crônico, pra mim. Se tomar conta da minha integridade fosse uma loucura, eu encabeçaria a lista dos internados.

Sempre assumi todos os meus erros, e reconheço quando faço alguma besteira. Às vezes, erro sem saber, mas ao entender que errei, faço o que estiver no meu alcance pra corrigir. Mas assumir um erro que sei que não cometi? Olha, até tentei... Mas não rola. Simplesmente, não rola. Conviver comigo é saber disso desde sempre. Graças a Deus, eu não sei de ninguém que tivesse me dito que sou irritante, ou ruim, por isso. Pelo contrário, isso me é motivo de elogios, e devo ao Deus todo esse juízo. Tenho todas e tantas amizades quanto posso fazer, das melhores possíveis. De um, dois, dez, vinte anos. Amizades de vida inteira, e até um grande amor, como todos esperam que seja um grande amor.

Desentendimento, eu não sabia, me faz fisicamente mal.

Pode achar que sou mau ou bom. Mas que ache com base na verdade.

Agora, pense você também se não é bem melhor comunicar do que deixar pra lá.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Engraçado

Quando eu era mais moleque
Não queria saber do que era novo
Só queria ouvir as velharias
E o que tinha sido história

Passa o tempo, e histórico me torno
Hoje, diferente dos velhos dias,
Quero mesmo é sair pro abraço
Reinventar tudo o que faço

Quando era criança, eu queria o meu chão
Um chão firme, que não machucasse meus pés
Um chão forte, pra eu me formar de primeira

Quando era criança, queria cantochão
Mas hoje, quero eletrizar,
Quero sambar tudo de novo
Quero abraçar tudo que gosto
Ver o renovar do meu povo

Prometo a vocês:
Um dia eu toco a genialidade


quarta-feira, outubro 18, 2006

Âncora

É bem diferente
Não tentar por não saber
Se o que pode dar certo dará

De não tentar
Por saber que certo vai dar
E afinal, ter de luxo uma preguiça
Que não me deixa continuar

Preguiça não, qualidade de vida
Porque o mundo vive entulhado
De mais e mais trabalho

Confesso, em alguns momentos,
Eu quero é desfrutar
Esticar as pernas com quem amo
Não quero me afogar atarefado

Não, não quero mesmo trabalhar
No lugar de quem pede emprego
Quero aproveitar o que é moderno
O que me economiza tempo

Quero dar salário a quem precisa
Quero empregar
E se o dono do rebanho engorda o gado
Quero alimentar meus empregados




Não, eu não tenho empregados. Mas a idéia da poesia é essa. Num país onde os impostos acabam com a produtividade do setor privado, em favor de um governo populista, fica a minha crítica: essas bolsas-auxílio podem acabar com a vontade do trabalhador de trabalhar, e com a capacidade do empregador de empregar. ;)

** Não sei como é o plural de bolsa-auxílio, se alguém souber, me diz!

segunda-feira, outubro 16, 2006

Beautiful Couple - Jorge Maia - 26/08/2006

(to Emmanuele and Rodrigo)

When I see then together, happiness shinning in theirs eyes
If I feel sad inside I change myself and feel me all right
When they wandering aimless, sun kiss theirs skins
For whom rings the bell? – For Rodrigo and Emmanuele

They live in the bottom of my heart
They clear my way when life is very hard
It’s good to know their love still growing
It makes me happy when I’m feeling down

Some day they will be three or more I hope to see
Children smiling on the lap of the beautiful Singer
And though many years will pass, we still listen the bell
Ringing for the love of Rodrigo and Emmanuele


Poema de Jorge Maia, um amigo nosso.

Aqui, um passeio de Domingo. Fomos à Ilha Grande e visitamos algumas praias:
Daiane, minha irmã:
Inominável

Inefável:
Inefável

Eu, Nayara e Manu. Caretaz:
Caretaz

Sugata, eu, Gonçalves (meu paizão) e Daiane. Vamu Cumigu!
Vamo Cumigu!

Eu :-)
Eu

Layla, Nayara (minhas primas) e Manu
Primas e Manu
Amandinha foi, mas não consegui ainda uma fotinho dela no passeio. Tudo bem, outro dia rola :-)

Novidades: comprei um piano elétrico. Amanhã começo as aulas no CIGAN

sábado, outubro 14, 2006

Ócios do Ofício (27/08/2006)

(Rodrigo Santiago& Manu)

Segue a receita do sucesso
Não é trabalho sobre trabalho
Tampouco sobrar dinheiro
Trata-se do grande segredo:
Seu trabalho deve ser um grande brinquedo
Dentro de um parque de diversões
Onde brincam também
Todos os seus companheiros
Com lápis e papel nas “mões”
Escreve ali, ri aqui, ama acolá...
O trabalho de verdade
É a arte de brincar
E não ter medo de errar




Um dos ossos do ofício Viver é o Morrer. Em menos de 48 horas, partem dois avós. Dona Lourdes e Seu João, na ordem cronológica das coisas.

É sinistro. É possível. É normal. Lamento.

segunda-feira, outubro 09, 2006

A Vaca Foi Pro Brejo

Nesta Sexta feira houve o casamento de um dos nossos companheiros - Casé, o Amigo da Garotada. Só que essa festa era proibida para menores. Lá foi então O VACA, ignorando a tudo e a todos, passou-se por adulto e... Garoteou. Segue o documentário do caso:

Aqui, podemos ver em ângulo exclusivo os passos da Vaca... Ela foi quem ensinou o U Can Dance:


Aqui, uma palhinha de como estava bebendo a Vaca:


Aqui, a Vaca regurgitando... Mas não era grama... Era malte escocês.


Aqui, momentos depois de ter sido acudida pelo Costa.


E as Fotos:

O Encontro
O Encontro

O Delírio
O Delirio

A Entrega
A Entrega

O Auge
O Auge

Resultado dos 15 Copos
Resultado Dos 15 Copos

Cachaça Não É Água
Cachaça Naum É Água

Esta foi mais uma fábula "daquelas". Qualquer semelhança com a verdade é mera coincidência.

Pintando o Céu

Encanto meu,
Tremo como o fogo
Com saudades dos abraços e sorrisos
De tanta mágica, de tanto brilho

Nada falta.
Na tua compania
Ser também essa boa companhia
Era todo o meu querer

Me faz bem, amor
Cuidar de ti
Alguém tão especial
Entregue aos meus abraços

Dando-me a missão de trazer
Mais céu à tua vida
Sabendo que muito do que é bom
Acontecerá a dois, e somente a nós dois

Cuido bem de mim
Mas nunca me achei capaz
De cuidar de outro coração

Amor, encontrar alguém assim
Pra mim era utopia
E se tu te revelas feliz
Penso que tenho feito jus
Dando tudo o quanto precisas

Sonho que surgiu pra mim
Mais bela criatura
Que veio sem saber o porquê

Quem sou eu?
Senão aquele que tem, por obrigação, trazer-te
Sonhos prazerosos todos os dias?

Quando ligado em teu espírito,
Minh'alma engrandece
E se não te encontrasse,
Minha existência findaria no dia que eu morresse
Mas você me faz terno e eterno
Eu te amo, é o mínimo que posso fazer

Falarei disto todas as vezes
Pois gosto de fantasiar o amor,
Emoldurando nossa paixão

Yo no buscava nadie y te vi

E se tu cansares das minhas palavras,
Aprenderei a pintar o céu pra ti




Pra vc, Manu :)

sexta-feira, outubro 06, 2006

Lo Straniero

A quem interessar possa, Esse cara tem os textos excelentes. Vá para lá, agora.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Acabou o Suco

Esse conto é muito, muito antigo. Deve fazer um ano e meio que o escrevi. Em todo o caso, ou eu não o publiquei anteriormente, ou o blogger simplesmente perdeu um post. Vamos lá:

Tudo começou quando acabou o suco de goiaba de caixinha. Eram dez horas da manhã, em pleno feriado no Rio de Janeiro. Vida de solteiro morando sozinho é assim: você acorda, faz algumas coisas e só vai tomar banho lá pelo meio dia, quando sente fome e quer almoçar mas está com preguiça de fazer comida. No meu caso, não é preguiça. É uma imperícia da peste: eu não sei cozinhar, e também não me interessa aprender.

Há quem me pergunte como eu consigo me virar na vida social, quando rola um rateio para o almoço na casa de um amigo. O que eu faço? Como participo? Ora, lavo louça. Não ligo para isso, e até gosto. Mas em casa, sozinho, fazer almoço e lavar louça? Definitivamente, não é para mim.

Voltando. Lá estava eu, na frente do computador editando uns textos - porque nestes dias me surgiram algumas idéias, e tenho colocado tudo no papel - quando fui até a cozinha pegar algo para beber. Pus um copo de suco de goiaba, que acabou com o que havia dentro da caixinha. Depois de matar o suco, a caixinha ficou ali, sozinha em cima da pia, com um vazio por dentro que dava até pena. Decidi que ela precisava ir pro lixo, e se juntar às outras como ela, indo pro "céu das caixinhas vazias de suco". Ela havia cumprido bem seu papel de matadora de fome das horas vagas, e merecia um funeral. Quem sabe se numa encarnação posterior não voltasse reciclada, e misturada às almas de outros produtos que também serviram dignamente aos seus consumidores?

Peguei a caixa, e olhei para o caixão - o cesto de lixo. Estava cheio. Impossível colocar qualquer coisa a mais. Lembrei que havia ficado de jogar aquilo tudo no fora da próxima vez que saísse. Mas, como todo cara relapso que se preze, eu havia esquecido. Por uns quatro dias, eu havia esquecido, e sempre insistia em entulhar mais coisas no cesto, pobrezinho. Já não conseguia nem mais fechar a tampa. Era a hora de um ato heróico: levaria o lixo para a lixeira do prédio, e depois colocaria um saco de lixo novinho em folha, no qual a caixa de suco de goiaba seria a primeira a descansar em paz.

Para o leitor de boa memória, é desnecessário dizer que eu estava como quem havia acabado de acordar, não é mesmo? "Pois é... Aí tem um problema", como diria Cassino - meu chefe - sempre com uma boa inspiração e visão de inúmeros lances à frente da minha. Era muito claro: como iria atravessar o corredor no estado em que me encontrava? Uma blusa azul-desbotada que parecia ter sido mastigada, cabelos para o ar e um short velho que doía? Resolvi dar um "jeitinho rápido", pois, como todo mundo sabe, quando você está em situação desprivilegiada no corredor do seu prédio, todos os vizinhos saem para te ver.

Fui até o banheiro, me olhei no espelho e pensei: nem a Medusa teria coragem de me olhar nos olhos. Passei uma água bem de leve no cabelo, peguei uma escova e lá fui eu lutar contra milhares de fios. Bom, pelo menos são menos do que quando eu era mais novo - acho que eles estão me abandonando de insatisfação. Quando enfim terminei, percebi que não parecia nem que tinha tentado pentear. Mas já estava bem melhor. Precisava de mais recursos. Um boné, quem sabe? Essa idéia, que está sempre entre as primeiras da fila de idéias salvadoras, é sempre ridícula, ainda mais quando você só quer atravessar o corredor. Para mim, seria pior se me vissem de boné, porque não haveria maneira de esconder o quanto estava preocupado, e detesto quando isso acontece, ainda mais no que tange minha beleza natural, da qual tenho tanto orgulho.

A idéia do boné foi pelo ralo - Há uns 6 anos, data do meu último boné, eu acho. Comecei a enganchar uma cabelo no outro, para pelo menos mantê-los baixos o suficiente. Assim, quem me visse de longe não ia notar nada, a não ser que fossem aves de rapina. Depois de uns minutos tentando ajeitar meu visual, me peguei pensando em como me preocupara com aquela trajetória ridícula de menos de dez metros, entre a porta do meu apartamento e a lixeira, no corredor.

"Mas era ida e volta", pensei. Agora é a hora de você me perguntar se sou algum lunático. Eu estava prevendo que todo o tráfego pedestre de Botafogo passaria por aquele corredorzinho, e que a distância até a lixeira era a de uma maratona. "Ida e volta", pensei novamente. "Mas e se me virem de costas? Eu não sei como está meu cabelo desse ângulo." Meu ego agonizava, tremendo encolhido ali, no canto do banheiro, com olhos vidrados e grandes. E percebi o quanto somos vuneráveis às condições tão normais de temperatura e pressão que nos assolam todos os dias.

Subitamente, um instinto heróico me tomou o espírito. "Eu vou do jeito que estou, e dane-se (dano-me) se alguém me vir assim". Afinal, a caixinha de suco de goiaba já estava se sentindo abandonada com o meu descaso. Corri para a cozinha, dei um nó no saco de lixo, tirei-o de dentro da lata e abri a porta, tudo de uma vez. A caixinha pulou de alegria, como um plebeu que vê o He-Man chegando para salvar a vila das maldades do poderoso Esqueleto. Um infortúnio, porque pareço mais com o vilão.

No meu som, tocava muito alto o álbum Breathless do Camel o tempo todo. Quando entrou a música Summer Lightning, me enchi de inspiração. Olhei o corredor, mas não parecia haver qualquer sinal de inimigos ou transeuntes. Nem mesmo as águias ou falcões. Pensei: "os inimigos sempre armam as emboscadas nas curvas dos corredores". Sorrateiramente, dei os primeiros passos para dentro daquele labirinto. Me sentia um herói de O Senhor dos Anéis. Mais especificamente o Frodo, que é mais fraco e tolo. Torcia mesmo que houvesse somente orcs no corredor, pois pelo menos são mais feios do que eu, e não poderiam zombar de minhas madeixas despenteadas. Com um passo após o outro, me aproximava da garganta do gigante (a lixeira) que engoliria todo o lixo com seu apetite voraz.

Suava frio. Durante todo o caminho, me perguntava quando os inimigos saltariam do nada para caçoar de mim, ou quando aquela vizinha gatinha sairia de seu apartamento e me veria novamente numa situação embaraçosa. Da primeira vez em que a vi, eu estava saindo para trabalhar e não notei que ela estava no corredor. Imitava um solo de bateria, com os barulhos, gestos e tudo mais. Foi patético.

Mas ali, com os pés descalços e o chão frio, não havia nada. Nem sequer a miúda torcida do Fluminense. Nem sequer a velhinha que costuma caminhar de vez em quando pelo corredor para exercitar, e sempre pergunta pela minha mãe como se me conhecesse desde que nasci, apesar de eu nunca tê-la visto até uns seis meses atrás, quando me mudei para o prédio. Em menos de trinta segundos, fui até a lixeira, enfiei o saco de lixo pelo buraco, fechei e num piscar de olhos estava em meu apartamento novamente: o Solo Sagrado.

Frustrante. Eu havia me preparado tanto para atravessar aqueles dez metrinhos, e nem uma viva alma foi me ver? Impossível. Logicamente, fui procurar o que mais havia de lixo para ser jogado fora. Havia o da sala e o do banheiro. Levei os dois, um a um, só para prolongar minha estadia no corredor. Não adiantou, o corredor era um deserto. "O mundo deve ter sido abduzido, não é possível!" - Eu exclamei, enquanto voltava da última viagem.

Num surto de loucura, fiz uma cambalhota no chão do corredor. E outra. Depois, dei uns passos, e fiz uma estrelinha. Ninguém apareceu, nem para aplaudir, nem para vaiar. Tomei mais distância, corri e dei um salto-triplo-escarpado, igualzinho à Daiane dos Santos, mas Botafogo inteiro já devia estar dentro de uma nave mãe à la Independence Day. Tirei a blusa e joguei no chão. Depois, dancei sensualmente e fiz um strip do restante. Estava nu, no corredor, e ninguém aparecia. Ora, será o Big Brother? Nem um camundongo. Nem uma formiga, sequer. Notei que estava indo longe demais quando lembrei que as portas tinham olhos. Olhos mágicos, por sinal.

Recolhi meus trajes de gogo boy do chão e voltei para o apartamento - não deu sequer para fazer um trocado - mas não fechei a porta. O Camel continuou comendo solto, e pus o som no último volume. Nem o Claro Hall tem um som tão alto quanto o meu! Estava pau da vida. Coloquei a maldita caixinha de suco de goiaba na lixeira com um porcaria de um saco de supermercado vazio, lugar mais que merecido para aquele resto de coisas - veio no saco, vai no saco. E finalmente, escrevi este conto inteiro com a porta escancarada, mas nem um vizinho veio reclamar.

Vai ver eles gostam de Camel.


terça-feira, outubro 03, 2006

Votar Em Quem?

O Lula e O Alckmin foram pro segundo turno. Se Lula não fede, Alckmin não cheira. Cristovam, na retaguarda, tem a melhor formação, as melhores ações e as melhores propostas. Lula é o Nordeste e toda pobretada, Alckmin é São Paulo. Cristóvam é Brasília. Brasília é pequenina, São Paulo é gigante e toda a pobretada quase acabou com o segundo turno.

Lula disse que nunca foi esquerdista. Mentira pouca é bobagem.
Alckmin fez carreira política desde pequenino.
Cristóvam é inteligente pra cacete.

Alckmin é esperto. Já disse que vai procurar Cristóvam pro governo dele.
Lula é o careta que tentou manter na média o governo FHC, e em somente 4 anos levou o Brasil às mais altas taxas de juros e estagnação econômica.
Cristóvam? Leia.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Voltando das Férias

Assim é a vida no Tecgraf. Pelo menos ao voltar das férias...

Vídeo com o depoimento:


FOTOS...
Minha Baia - Voltando das Férias

Minha Baia - Detalhes

Stan

Pira e Casé

Kati e Casé

Cenário Pronto

Pira

Katilce

Olha lá o Monitor!

Estação Espacial em Uso

I/O Prepared

Stan Assustado

quinta-feira, setembro 28, 2006

A Teia da Liberdade

Outro dia me passou pelas mãos um texto a respeito da conquista da liberdade. Era a história de uma mulher que desde criança fora criada com uma espécie de "redoma" projetada pelos pais, que a protegia dos perigos do mundo. E mesmo depois de casada, aquela redoma permanecia. Bom, acontece que um dia a mulher resolveu partir aquela película protetora, mas para sua surpresa, as suas paredes eram muito finas.

Era um exercício de faculdade, em que os alunos deviam terminar a história. Havia algumas coisas interessantes pra se observar naquele conto. Uma delas é termos a tendência, desde criança, a acharmos que não temos liberdade. Que nossos pais podem ser superprotetores, e mesmo chatos.

Analisemos a seguinte situação: o que queremos ao nos afastarmos dos nossos pais durante a adolescência, senão nos distingüirmos de tudo o que vimos até então? A liberdade vem sob a forma de "vontade de experimentar outro mundo". Fato curioso: muitas vezes, essa vontade de experimentar o "novo mundo" nos faz achar que nossos pais e tudo o que temos à nossa volta é antiquado demais. Nos deligamos de todos os "antiquados", e o que conseguimos? Uma outra trama de pessoas (amigos e amores) que também se importam conosco, e que cuidam de nós. Mas para formar e estabilizar essa segunda rede, temos que passar por várias situações um pouco estressantes - desconfiança, traição e por aí vai.

Meu ponto: essa segunda rede é exatamente igual à primeira quanto aos efeitos sobre nós. O que idiotamente chamamos de "liberdade" é uma outra teia de relacionamentos exercendo poder limitante sob alguns aspectos e potencializador sob outros. Não precisamos realmente nos desligar daqueles que nos amam desde criança. Precisamos entender que tipo de efeito potencializador podemos ter nessa rede. Que tipo de apoio pode vir daqueles que nos amam desde recém-nascidos? O melhor possível, quase que indubitavelmente.

A criação da segunda rede afetiva não pode ser desligada da primeira rede. Nossos amigos devem ser conhecidos por nossos pais o máximo possível, bem como nós conhecidos pelos pais de nossos amigos. E devemos, sobretudo, ouvir com muito carinho o que a primeira rede tem a nos falar sobre nossas ações para a formação da segunda. Isto tornará a nossa vida adulta mais confortável, e a rede se formará mais solidamente, sob a supervisão de pessoas bem mais experientes do que nós, em nossa infância e adolescência.

Há um equívoco em nossa definição de liberdade. Vou tentar enunciar alguma coisa que preste, a partir da minha própria análise:
Liberdade é explorar as possibilidades dentro da sua trama existencial, desenvolvendo-a - e não descartando esta trama.

A perspectiva de tempo explorada neste post foi a da minha infância. A linguagem, obviamente, não. É bom ter sempre essa visão de que há uma infinidade de possibilidades para nossas vidas, e pretendo continuar com ela até os cento e vinte anos. Mas não pretendo me afastar dos meus amigos e familiares. Já fiz isso, e o resultado foi uma solidão que não havia experimentado antes. Eu fui um pouco drástico: saí de casa pra morar longe dos meus pais e amigos de infância, conviver com um monte de pessoas novas no trabalho e na faculdade. Hoje, vejo que não precisava ter feito isso. Pudera eu ter ouvido falar dessas coisas quando tinha dez anos de idade. Agora, observo o quanto eu me envolvi comigo mesmo, somente, durante todo esse tempo. Vejo o quanto eu não sei me relacionar com as pessoas à minha volta. Isso tudo podia ter sido muito diferente.

O que me motivou a fazer isso, afinal? Pra mim, as pessoas "antigas" não me entendiam, ou não queriam muito ouvir minhas "viagens". Resolvi procurar outras pessoas, pra descobrir que elas também não me entendiam muito bem... Resolvi, então, viajar sozinho. Custei pra entender que eu precisava mesmo era refazer minha linguagem, para que pudesse transmitir meus pensamentos mais claramente. Agora, vou penar até recuperar um pouco do tempo perdido. Perdido, sob uns aspectos. Ganho, sob outros. No geral, podia ter sido bem melhor.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Manu - Tudo Bem

Vídeo amador de Felipe Benevides. Tudo Bem, de Lulu Santos, interpretada por Manu :-)

Na próxima Quarta, última apresentação, na Letras de Ipanema, às 21:30.

Em Outubro, com João Roberto Kelly, no Gláucio Gil, em Copacabana.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Estrelas de Sexta

Surge luz do mar azul às cinco da manhã
Com céu claro para te encontrar
Bate a brisa no meu rosto, os passarinhos
Me contam segredos sobre o dia
Que está pra chegar

Desço a alameda lá da Gávea
Os ponteiros giram com a saudade a me apertar
Não demora muito e eu te vejo
Nas areias de ipanema com um sorriso
Só pra me encantar

Eu gosto tanto de você que preparei essa canção

O meu amor tem no sorriso um brilho
E o beijo que me faz
Sonhar o dia inteiro
Ele me leva pelo ar
Com aquele abraço firme
e com aquele olhar
Que me faz ver estrelas


Essa
foi feita em um dos nossos primeiros encontros
Ela tava lá, com aquele brilho no olhar,
E os abraços eram tão apertados
Que um moleque passou com os amigos e disse
"Se eu estivesse aqui com a minha mina
Seria como, na areia? só assim, ó"

Morremos de rir, e ao subir na pedra do arpoador
Ela ficou com um medo enorme de cair
Eu, o super-herói, segurei sua mão
Mas quase que não adiantou
Então, resolvemos descer

Beijamos, beijamos e beijamos
Debaixo daquele sol quente de Ipanema
eu me lembro dos detalhes e do telefonema
Que ela recebeu de seu pai
Querendo saber onde estava

Ela estava ali, comigo, numa sexta-feira pela manhã
Com os beijos que me fizeram sonhar o restante da tarde
Estávamos tão radiantes e tão felizes
Quanto o sol que veio nos saudar
Luminosos, como duas estrelas
E com todo o calor que as estrelas têm pra dar




Música que compus para o nosso segundo encotro :)
Colocarei o áudio aqui, em breve.

Relembrando: Quarta que vem é a última apresentação. Depois disso, quem não foi no Letras, "perdeu". Mas aí já vai rolar a de Outubro, né? Mais detalhes nos próximos dias :)

quarta-feira, setembro 20, 2006

Números Interessantes

Olha só que legal... Estava eu a reparar a quantidade de visitas totais do blog. 11 mil visitas, quase. Daí, pelas minhas contas, percebi que:

1 - Em 2 anos de blog, temos 24 meses.
2 - Dividindo o número de visitas pelo número de dias, tenho pouco mais de 15 visitas por dia.
3 - Tenho um pouco menos de 2 anos de blog, portanto são quase 20 visitas por dia a esse lugarzinho.
4 - 20 visitas por dia... Sendo um blog, concluo que a maior parte dos visitantes seja recorrente. São pessoas que já conhecem e gostam - provavelmente você. Como não é um tipo de material encontrado em qualquer lugar, acho que o público que vem aqui é bem fiel mesmo.

Dessas 15 a 20 visitas diárias, pode ser que haja vários sites com robôs na internet que vasculham as páginas por aí - inclusive as minhas. então, vamos reduzir essa quantidade de visitas pra entre 5 e 10 pessoas REAIS por dia. Essas 5 a 10 pessoas reais entram no Progresso TODO DIA. Vamos supor a média de 7 pessoas. Eu, particularmente, o visito muito pouco, porque recebo os posts e comentários via e-mail.

Curiosidade: tenho uma amiga que conheceu o blog através de um amigo dela de Minas Gerais. Essa amiga indicou o meu blog pra um amigão meu, e depois ele nos apresentou. Quer dizer, se o mundo é pequeno, o mundo virtual consegue ser menor. E eu até hoje não tenho idéia de quem seja esse cara de Minas. Se você estiver lendo, muito obrigado pela propaganda positiva! ;D

Outro indício interessante: outro dia, postaram um comentário absurdo e abusivo, totalmente agressivo em um de meus textos. Sempre pensei que meus leitores fossem pessoas próximas. Essas pessoas próximas geralmente são polidas o suficiente para não fazerem comentários tão feiosos. Para haver pelo menos um mal educado que diretamente me ofendesse, o número de leitores não deve ser tão baixo assim. Era um tal de Pedro. Não sei se usou pseudônimo, mas também não me interessa saber, já apaguei o comentário. Esse cara me ajudou a saber que existem pessoas bem distantes de mim que se dão ao trabalho de ler os textos. Obrigado, Pedro. Ah, se você não gosta dos textos, faça uma crítica, e não uma ofensa. Ou, por favor, entre em contato direto comigo, de preferência de maneira que possamos falar um com o outro. Aí na página tem tudo: email, orkut e msn. É só adicionar. :)

Mais uma pista: às vezes eu esbarro com gente que diz que lê sempre o blog, mas que não comenta porque não se sente à vontade. São pessoas que me conhecem de vista, e até amigos que eu não esperava que lessem. Essas pessoas conhecem os posts, e às vezes lembram de histórias que eu mesmo esqueci que coloquei online.

Queridíssimo leitor, você, com certeza, não entra todo santo dia aqui, certo? Então, supondo que me visite uma vez a cada duas semanas (alguns mais, outros menos), são 7 pessoas diferentes a cada 14 dias. Em 14 dias, 7 pessoas diferentes por dia dão quase 100 pessoas.

100 leitores... Em se tratando de alguém que não cuida muito bem de seus textos, eu até que estou me saindo bem. Não esperava tanto interesse assim de vocês! :-)

Conclusão: eu acho que tenho que cuidar um pouco melhor das minhas historinhas e poesias. Porque vocês certamente não entram aqui pra ler posts repetidos, correto? Então, mil desculpas pela decepção que lhes causo toda vez que entram aqui e não vêem posts novos.

Vou me esforçar pra melhorar. Mais poesias, músicas, vídeos e histórias em menos tempo, beleza? Eu devo ter uma centena de poesias em cadernos espalhados por aí, pelo menos. Prometo resgatá-las.

Um grande abraço a todos. E por favor, deixem seu parecer aqui, sempre que quiserem, porque eu quero saber quem são vocês, e não adivinhar. ;)

De quanto em quanto tempo você costuma visitar o Progresso?

segunda-feira, setembro 18, 2006

Retoques Inúteis

Pode dizer até que eu não saiba trabalhar em equipe
Mas é isso: eu não nasci mesmo pra ser pau mandado
Não vim aqui pra agradar, nem pra desagradar
Muito menos pra ser rascunho da vontade dos outros

"Ajeita isso porque não ficou bom"
"Agora volta, porque também não ficou legal"

Se for por gosto, vai pro fosso, que eu tenho o meu
Se não tirarmos um ponto médio, eu tou fora
Se for propriedade minha, somente, não meta o bico
E se for só pra dizer que participou,
É melhor sorrir apenas, que eu dou até crédito de co-autor

Por orgulho, nem me chame, que eu vou rir
Não tenho vocação pra capacho




E Quarta Feira, dia 20, Manu no Letras de Ipanema, às 21:30. Espero vocês por lá!

domingo, setembro 10, 2006

Manu - De Tanto Amorrrrrrrr

Olha aqui o que acontece no show. Lembre-se: ainda há outras três quartas-feiras. Aproveite enquanto dura. Letras & Expressões de Ipanema, esquina da Visconde com a Vinícius, às 21hrs. :)

sábado, setembro 09, 2006

L'Au-Delà

Neste tesouro, descobri um mundo, muito bem encontrado
Que não tinha nem sabido da existência

Tudo isso numa flor que nasceu na Terra
Alguém que não é daqui,
Que não devia ter encarnado

Quiçá eu não a tenha achado, mas sim,
Talvez pelo princípio desconhecido da existência
Tenhamos nos tornado um do outro?
Quem sabe se, por ignorância sobre o que há em l'au-delà,
Pensamos que fosse o acaso?

Tanta ternura e sensibilidade não podem ser comportados
Por uma mulher tão simples em um corpo de carne e osso formado

Tanta alma, tanta luz e tanto ardor
Deixam esta mulher, no extremo da sensibilidade,
Em um estado de permanente calor

Seu beijo evoca o mais perfeito paraíso
Sua voz a mais divina adoração entoada

O que a trouxe aqui? Com qual fim?
Ainda não sei explicar, e penso que possa ter vindo por engano
Trazida no lugar de outrem que, de imperfeita, fosse d'antes destinada a mim



Sempre em tempo: Quarta-feira tem Manu, na Letras & Expressões, às 21:30 :)

Saudade, torrente de paixão...

quarta-feira, agosto 30, 2006

Show da Manu, na Letras & Expressões de Ipanema

É imperdível! :)
Dois violonistas vão acompanhá-la. O set list varia de samba ao pop, todos com excelentes arranjos.
Como eu sou meio suspeito pra falar, ó a voz da Manuzinha aqui:

Tudo Bem - Lulu Santos
Gracias A La Vida

Data: Quarta-feira, 6 de Setembro de 2006
Hora: 21:00
Local: Letras & Expressões - IPANEMA - RJ - Rua Visconde de Pirajá 276
Tel: (0xx 21)2521-6110
Cidade: Maravilhosa (Rio, é claro)
Preço: ainda não sabemos :-P

terça-feira, agosto 29, 2006

Vegetarianice Não É Para Todos

Oi, Ana e Cassino :)

Eu não vim Sexta nem Segunda, e não avisei que não viria... Bom, segue a explicação (ia conversar com os dois pessoalmente, mas acabei falando apenas com o Cassino).

Ultimamente eu estive com crises alérgicas e surgimento de herpes bem freqüentes. Finalmente, tenho um diagnóstico preciso: eu estava com baixa imunológica, causada pela minha vegetarianice. ;-(

Ou seja: voltei a comer todos os tipos de carne novamente. Inclusive a carne vermelha, que "reza a lenda", é essencial pra mim. :-P

Me recomendaram que lesse o livro A Dieta do Tipo Sangüineo, e qual não foi a surpresa ao começar a ler: uma das primeiras dicas para meu tipo sangüíneo (tipo O) é que a carne vermelha é o primeiro item da lista relacionado à minha imunidade. Mas não é só isso: eu também tenho certa intolerância a lactose e grãos (!!!)

Resumindo: durante oito meses, eu estava fazendo tudo ao contrário - e morri de rir quando cheguei a essa conclusão. O exame de sangue estava ok para alguns fatores, mas o de imunidade estava severamente comprometido! Bom, o único de vários médicos que me pediu o exame de imunidade foi o alergista... Bem que a Ana me disse que eu devia "continuar minha procura" :-)

Ainda hoje, tenho que ir mais uma vez ao médico (felizmente os problemas estão desaparecendo), e resolvi que devo tirar também minhas tão "desnecessárias" férias, pra me dar um tempo de repouso. Não se preocupem, conversaremos melhor sobre esse assunto depois.

Abraços,
Rodrigo.


Aqui segue uma breve referência sobre o autor:
Peter D'Adamo

PS: Dona Autamira, Mamãe e Lilian tinham mesmo razão...

quinta-feira, agosto 24, 2006

Beijo Doce

Essa boca tão quente, só tua
Esses lábios macios só teus
Que são meus

Esse beijo apegado
Devagar bem colado
Repleto de atrito, carinho e amor

Vem, que a minha língua
É chocolate que a tua procura

Vem, que se beijar com vontade
Vai sentir o sabor
E no ventre o calor
Que vai marcar a lembrança

Vem, que eu sou o amoroso
Que quer te levar pelos ares

Vem, que o doce não tem fim
É leve, suave, intenso, gostoso
Você não vai enjoar


Tou começando a fazer uns experimentos com métricas. Esse aí foi um dos primeiros, mas ainda tá um pouco tosco. Tenho outros muito melhores. Aí, vou poder fazer música com tudo o que eu quiser escrever :)

segunda-feira, agosto 21, 2006

Explica a Diversão

O homem ainda é muito jovenzinho
Pra saber que, na vida,
As maiores armadilhas não existem

O dia em que se entregar
E parar de pensar no porquê
Vai sossegar e usufruir do que é bom

O dia em que o homem aprender
O que é realmente gostar de viver
Vai crescer como uma árvore
Vai dar frutos de felicidade

O dia em que o homem
Entender que não há escapatória
Vai compreender também
Que não deve temer
O ciclo natural das coisas

Porque tudo é assim mesmo
Do jeito que você já sabe
Sem explicação, sem motivo

Porque esse papo de explicar
Foi algo que nós, homens jovenzinhos,
Inventamos pra nos divertir


sexta-feira, agosto 18, 2006

Naquela Mesa




Interpretada por mim mesmo :)
Gravação rapidinha lá em casa, só pra deixar registrada. Estou aprendendo a mixar melhor, uma pena que o instrumental não ficou tão bom - e o microfone que comprei é uma bosta ;P

quarta-feira, agosto 16, 2006

Tá Faltando Ele

Quando estivemos em Araruama, para o casamento do meu amigo Noronha, todos, sem exceção, lembraram do nosso querido amigo Márcio.
Ao conversar com a Manuzinha e sua família, quantas vezes já não ouvi as histórias de Fernando, meu sogro.

É com muita saudade que ponho aqui uma música que me faz lembrar desses putos, que não mandam muitas notícias. Gostaria muito de saber se eles não estão dividindo a mesma mesa, em algum lugar.

Naquela Mesa - Sérgio Bittencourt

Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor

Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor

Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã

Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim

Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim

Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ele
E a saudade dele ta doendo em mim

sexta-feira, agosto 11, 2006

Ode Ao Malandro

Malandro é aquele
Que compra tudo o que não pode
Escorrega no crédito, tropeça nos juros
E vive com uma corrente pesada
Pendurada no pescoço

Quando vai embora,
O malvado deixa de sobra
Conta e prestação
Casas Bahia, Copa e TV de plasma

O malandro acha que tá por cima
Tem carrinho de luxo com som que ensurdece
Sempre um copo de cerva na mão
Sempre uma carninha na brasa

Tudo pra forrar seu espaço com a mulherada frenética
Malandro que é malandro tem um monte de amô
Porque não sabe escrever
Se estrepa nas ligações, e esconde o celular

Malandro que é malandro
Deixa faltar o prato na mesa
Já diz o nome: mal homem
Ele, mamulengo, vai no sapato
Esconder suas injúrias na putaria
Não dorme direito, porque vive estressado

Malandro que é malandro
Esquece a família pra ficar com os amigos
Malandro que é malandro é isso
Carioca de praia, samba e cerva
Pele queimada, alma preta
Toma banho de sal grosso
Chega em casa e cai na cama com cheiro de cana

Malandro que é malandro não estuda, faz bico
Bico pra vida, bico pro trabalho, bico pros filhos

Malandro que é malandro
Arruma sempre uma briguinha,
Tem sempre um amigo mais sarado, malhador
Usa o papo pra esquivar
Se garante nos outro pra bater
Ou no três oitão, porque medo tem que meter

Malandro que é malandro conhece puliça
Bate no peito pra dizer que é fichado
Fuma um, já dormiu no cárcere uma noitinha,
Serviu no Exército e conhece fuzil

O malandro bate mesmo só na mulher
Que, pra ficar com o puto, só gostando de apanhar
Tem mulher que gosta mesmo de sofrer

É, malandro, de bom tu num tem nada
Tu parece, mas não é,
És burro pra cacete, não sabes ser feliz


segunda-feira, agosto 07, 2006

O Final de Semana Foi O Primeiro Capítulo

Tudo muito lindo. Casamento perfeito. Em breve, as fotos no flog.

>> É isso mesmo... Essa é a mulher ao lado de quem ficarei por toda minha vida.

Existe Uma Saudade
Que não cala, uma vez que ganha voz
Quem sofre de solidão
Tanto o faz que se acostuma
Acaba achando bom

Mas você me cura
E por isso eu não te esqueço
Lembrar é saber que estou vivo
Te sentir é saber que estou aqui

Viver essa roda gigante
Descobrir-se maior a cada manhã
Essa é a saúde
Dos curados da solidão

Quem ainda sofre, se encolhe
No cantinho, quieto,
Pode até dizer que é feliz
Pode até se sentir bem e se iludir
Dentro do seu pequenino cercado
De ignorância e arame farpado

Mas não me engana,
Porque já estive nesse vil nevoeiro
Onde só podemos enxergar o que é nosso
O que é próximo, o que é próprio

O próximo é pra quem vivemos
Pois afinal, quando morrermos
O que vamos deixar, senão lições
E tudo mais que algum dia
Achamos que tivemos?

O que deseja ouvir no dia da sua partida?
Prefere a alegria dos escarnecedores?
A pena dos covardes apunhaladores?
Ou as juras daqueles que te amam?

Preferirá que digam
Que foi sempre um homem
Bem sucedido e só?
Ou quem sabe alguém que ama
A vida, as pessoas, o mundo
E tudo o que há ao redor?

Prefere sentir de uma vez o sabor que há?
Ou prefere se privar,
Em busca da utópica e impraticável doçura?

Por que não separar o que é bom
E melhorar a cada manhã?
Por que não fazer de hoje uma experiência
Melhor que a de ontem?

Aproveite o dia, eles dizem
Mas eu retoco:
Aproveite o dia de hoje
Melhor do que aproveitou o dia anterior


segunda-feira, julho 31, 2006

Início da Nova Temporada

Eu entrei em um novo nível de existência. Agora sou duas pessoas. Ganhei novos tios, amigos, parentes, pai, mãe, irmãos, avó e tudo. Minhas responsabilidades aumentaram, minha felicidade tá lá em cima, e atingiu um recorde estatístico. Foi como eu disse: antes eu era felizinho. Agora, sinto que "felizão" não comporta mais esse sentimento tão superlativo. ;)

E no final de semana que vem, um grande amigo vai casar. Bom, três amigos vão se casar, mas eu só vou poder ir a um dos casamentos - o do amigo de infância. Nesse, eu vou ser padrinho. E ela vai estar comigo, linda como sempre :-)

Felicidade e Tal
Quem vê a vida como uma guerra
Lutará pra sempre
Mas quem vê a vida como um parque
Terá sempre novos brinquedos e diversões

Felicidade é assim:
Se você acha que não tem,
Tente olhar de novo.

E lembre-se:
Um bom começo
É o começo de uma boa coisa




Ainda, pra finalizar, um trecho de uma poesia do Vinícius, que já postei aqui anteriormente (sempre bom relembrar):

Mas tudo isso não adianta nada
Se nesta selva escura e desvairada
Não se souber achar a grande amada
Para viver um grande amor

quinta-feira, julho 20, 2006

Circense

Tenho 7 vídeos das apresentações do Cirque du Soleil. Você acha muito? Ainda falta um monte. Então, ouve essa: estou tendo aulas de acrobacia aérea (!) no Jardim Botânico. Comecei na Terça à noite. Porque, afinal, se eu gostei tanto, por que não tentar aprender um pouco também?? :)

Fica uma poesia minha pra Manu:

Diálogo
Nada foi removido
Durante o processamento da sua pessoa, meu amor
Nem o coração
Nem a alma, nem o bom humor

Nem o rostinho, nem a elegância
Nem esse jeito performático
Cheio de gestos de ser
Jeito de quem fala com as mãos
De quem tem carinhos incansáveis

Nem o sorriso foi tirado
Nem essa gostosura toda
(Olha, vc é gostosa mesmo)

Nem esse jeito de olhar
Nem o cabelão cheiroso
Nada foi removido
Durante o processamento da sua pessoa, Emmanuele
Nem a boa educação,
Nem os bons valores morais

Toda muito amável
Mulher integral, com todas as letras, vitaminas,
Sais minerais, bom gosto e bom beijo
Linda!


segunda-feira, julho 17, 2006

Infinitude

E se toda a vida
For apenas o sonho
Daqueles que vivem eternamente?

Pois então não importa o futuro
Não me importa quantos dias a mais
Estará aqui comigo
Importa-me agora o agora

Vale-me tuas palavras
E teu abraço, que tenho
Vale-me teu sorriso amplo
E essa saudade franca
Que morre nos teus braços
Ao passo que eu morro de paixão

Pois então, não me importa o futuro
Mas importa que agora
Posso te imaginar ao meu lado pra sempre
Alimenta a alma a infinitude instantânea

Vai ver, fora deste mundo
Jazemos eu e você,
Deitados lado a lado,
Vivendo eternamente juntos,
Sonhando o mesmo sonho.




Eu estou viciado em Cirque Du Soleil.

quinta-feira, julho 13, 2006

Você sabe o que é RSS?

Negocinho extremamente útil. Recomendo para todos.
Com o RSS, você pode:
  • Receber, separadamente, todos os posts de blogs dos seus amigos ASSIM que eles colocarem coisas novas nas páginas
  • Se for torcedor do Figueirense, receber as notícias do clube que entrarem no canal de Esportes;
  • Por meio de filtros, ter acesso as notícias sobre a "Nasa" que entrarem no canal de Ciência.
Tutorial completo Aqui!

terça-feira, julho 11, 2006

Quando Estamos Perdidos

A gente sempre se transfere um pouco
Para o corpo da pessoa querida
E com isso, transferimos também a ela
Um pedaço da nossa responsabilidade
De nos fazer feliz

Quando, e se, somos abandonados,
Esse pedaço de alegria se perde
Não nos sentimos culpados, mas traídos
Por nosso próprio erro

Essa ansiedade infantil
De estar perto de quem amamos
É natural, mas não podemos perder de vista
Que todo momento deve ser usufruído
Com tudo o que pudermos viver

Para que não nos sintamos desalmados
Para que não fiquemos angustiados
Para que estejamos saciados
E pra que a lembrança seja

Quando nos transferimos um pouco
Àqueles que tanto queremos
Julgamos muito mal um inocente
E nos traímos nós mesmos



Safe Creative #0803040463138



Eu tou amarradão demais no CD do Raphael Rabello com a Amélia Rabello, chamado Todas as Canções. É demais mesmo, tou ouvindo no repeat sem me cançar... Há quase duas semanas.

É claro, há uma outra música que não sai da coleção: Gracias a la Vida, interpretada pela Manu. Sim, sim, foi aquela mesma que eu coloquei online, agora com o link pra baixar.

quarta-feira, julho 05, 2006

Corcovado - by Myself ;-)

Primeira gravação mais ou menos decente feita em casa.
Críticas:
1 - Muito reverb na voz (você vai entender quando ouvir)
2 - O assobio está muito alto comparado aos outros instrumentos

Pontos Legais:
1 - Tou aprendendo a usar a captação dos mics sem ter muito ruído
2 - A respiração que foi usada como percursão de fundo às vezes parece ter barulho de mar
3 - Tem um chocalho muito de leve, que também foi feito com a boca

terça-feira, julho 04, 2006

Elasmossauro

Ele abriu um terminal e lá estavam as três lacunas que deveriam ser preenchidas: usuário, senha e nome do banco de dados.

"Não me lembro do que tenho que preencher".

Com um pouco de esforço, trouxe à lembrança o nome do usuário: "zeus". A senha era fácil. Projetos internos sempre recebiam como senha o mesmo usuário, seguido de dois zeros: "zeus00". Mas sabia que estes dados estavam inválidos. Com um pouco mais de esforço, lembrou-se de que os dados haviam mudado. A segunda combinação de usuário e senha só haviam sido utilizados uma única vez.

"Ih, caramba... Vou ter que me lembrar do que eram. Não anotei em lugar nenhum."

Fechou os olhos. Com uma busca em seu consciente, encontrou o caminho. Entre paus, pedras, castelos, canetas e tudo o mais que seu cérebro pudesse associar de informações inúteis. Escavou do fundo de seu baú mental os usuários e senhas mais recentes: "zeusproj". Era a mesma palavra para usuário e senha.

"Ok. Mas agora falta o principal. O nome do banco de dados."

Esta informação não havia mudado. Ele resolveu testar seus novos poderes. Fechou os olhos, a fim de enxergar melhor dentro de si. "Elasmossauro", "endívias gratinadas", "tecnologia". Eram termos totalmente fora de cogitação. Mas a palavra estava lá. Começou a lembrar de sua colega de projeto. Ela sabia muito bem sobre este banco de dados, já que era sua mantenedora. Das duas ou três vezes que o acessara, perguntou-lhe rapidamente o nome, sem lhe dar muita atenção.

"Isso vai ser bastante difícil".

Ele focou sua consciência. Debruçou a cabeça sobre suas mãos. Os cotovelos estavam apoiados em cima da mesa. Reajustou o ritmo respiratório, a fim de bombear mais sangue para seu cérebro.

"Eu sei que a palavra está por aqui".

"Acidente", "gestação", "ponto de impacto", "terremoto"... Nada que encontrava tinha qualquer relação óbvia com objeto procurado em seu bagunçado quarto de lembranças. Aos poucos, sentiu que as veias de sua testa estavam inchando. Mas não devia prestar atenção nestes pequenos pontos de dispersão. Devia perceber seu interior. Aumentou o ritmo respiratório, a fim de melhorar a oxigenação. Lembrou-se que outras pessoas pronunciavam esta mesma palavra com freqüência, para designar um dos conceitos do projeto.

"Quase lá, quase lá. Elasmossauro, elasmossauro..."

Em um rompante, abriu os olhos e olhou o google, buscando por palavras similares. Sabia que, a essa altura, se encontrasse a palavra escrita em algum lugar, reconheceria. Mas ela não estava em texto algum. Minutos depois, voltou, e demorou algum tempo antes de chegar ao mesmo estágio no qual havia abandonado sua busca mental.

"Ora, ora... Se alguém me disser o nome do banco, é claro que eu vou dizer que já sabia. Ele vai ter que sair daqui."

Em mais alguns instantes, iniciou os exercícios de contrações, ou Bandhas. Em breve, a energia concentrada subiria para sua cabeça. Quando sentiu a maior clareza em seus pensamentos, teve a nítida sensação: era questão de tempo até que lembrasse a palavra.

"Pronto. Daqui a pouco eu vou lembrar a bendita palavra."

Voltou a olhar as coisas à sua volta. A sensação de executar essas façanhas era sempre a de visitar um mundo paralelo, que só existia dentro de si. Enquanto clicava e escrevia coisas em sua área de trabalho, sorriu sozinho e percebeu claramente, como uma garrafa tampada que chega à superfície do mar de águas turvas, a mensagem que buscou como afinco.

"Sismografia".

Ao preencher os dados das lacunas em branco, viu-se apreensivo. Clicou no botão "OK", e após alguns instantes o terminal emitia a mensagem:

> Connected.

Feliz da vida, chamou um dos seus colegas de trabalho para comentar o fato. Antes de mencionar toda a história, disse que havia esquecido o nome do banco de dados. Seu colega prontamente respondeu:

"Todos os projetos usam o banco de dados sismografia."

Agradeceu polidamente, voltou completamente sem graça à sua mesa e resolveu não contar coisa alguma a ninguém.

segunda-feira, julho 03, 2006

Primeiro Mês

Que todos os próximos meses sejam sempre brilhantes, e que cada ano vindouro seja melhor que o anterior.

Parabéns, Manu!
Como já te disse, essa felicidade só você e Deus sabem o que é. Eu nunca poderia senti-la sozinho! :)

sexta-feira, junho 30, 2006

Emmanuele Santos - Gracias a la Vida

Experimentando um novo recurso aqui. Clica no play da parada :)




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Toque
Tuas mãos foram tão minhas
E minhas mãos foram tão tuas
Que quando orei a Deus
Em agradecimento pelas tuas
Já não sabia de quem era
As mãos que as minhas tocavam

Porque, ao me tocar,
Deste-me tantas chaves
Que as respostas encontradas
Tornaram-se enigmas

E percebi serem as portas que conheço
Tão poucas, que me fizeram
Sentir-me um total ingênuo

Quando se tocam nossos lábios
Falam-se com muitos significados,
Texturas, gostos, sons,
E um ritmo, só seu e meu

Ao mesmo tempo sentimos
Tudo o que há para saber
E mesmo assim, aturdidos,
Esperamos um dia compreender
Toda a mágica que há entre mim e você