quarta-feira, outubro 18, 2006

Âncora

É bem diferente
Não tentar por não saber
Se o que pode dar certo dará

De não tentar
Por saber que certo vai dar
E afinal, ter de luxo uma preguiça
Que não me deixa continuar

Preguiça não, qualidade de vida
Porque o mundo vive entulhado
De mais e mais trabalho

Confesso, em alguns momentos,
Eu quero é desfrutar
Esticar as pernas com quem amo
Não quero me afogar atarefado

Não, não quero mesmo trabalhar
No lugar de quem pede emprego
Quero aproveitar o que é moderno
O que me economiza tempo

Quero dar salário a quem precisa
Quero empregar
E se o dono do rebanho engorda o gado
Quero alimentar meus empregados




Não, eu não tenho empregados. Mas a idéia da poesia é essa. Num país onde os impostos acabam com a produtividade do setor privado, em favor de um governo populista, fica a minha crítica: essas bolsas-auxílio podem acabar com a vontade do trabalhador de trabalhar, e com a capacidade do empregador de empregar. ;)

** Não sei como é o plural de bolsa-auxílio, se alguém souber, me diz!

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