quinta-feira, janeiro 20, 2005

My Ideal

Will I ever find
The girl in my mind,
The one who is my ideal?
Maybe she's a dream
And yet she might be
Just around the corner waiting for me.
Will I recognize
A light in her eyes
That no other eyes reveal,
Or will I pass her by
And never even know that
She was my ideal?

- Maurice Chevalier


Noite no Circo Voador. Depois de Ira, Nando Reis e Engenheiros do Beto Gessinger (acho que eh assim que se escreve Havaí), nada melhor do que um Coooooooooooool jazz cantado pelo Chet. Caramba, eu na adolescência me condenaria por ouvir essas coisas. Hoje, não condeno ninguém, porque me traí em todos os sentidos. E percepções. E também não juro mais, e nem prometo mais, e entendo por que sou um fã de Heráclito. É, eu sou um rio que corre. E as águas nunca estão do mesmo jeito, nem meu coração, nem qualquer outra coisa.

Tá, Raul! Uma metamorfose ambulante!

Afinal, eu sou um clichê. E todos vocês são clichês. E dos clichês é feita a vida.

Pensamentos Outros Que Me Tomam
O preço da gasolina aumenta. Todos os empresários têm um lucro menor. Eles aumentam seus preços, a fim de repassar o aumento para os consumidores. Os consumidores são empregados dos empresários. Os consumidores não têm qualquer direito sobre a propriedade do seu trabalho, sendo eles mesmos propriedades do empregador. Os consumidores, que são empregados, não recebem aumento. A indústria de petróleo fica mais competitiva - os preços sobem pela escassez provocada pela guerra. Os empresários mantém seus lucros. E quem paga pelo aumento do petróleo? Os consumidores, como já havia dito anteriormente. Quem paga pela guerra? Os consumidores, isso é uma conclusão lógica. Então, os empresários continuam recolhendo a mesma fatia da grana de seus consumidores, que não têm seus salários aumentados. Os empresários aproveitam a deixa pra aumentarem sua margem de lucro.

Maria continua ganhando seus 300 reais, com direitos da época de Getúlio Vargas. Mesmo que de lá pra cá tenham inventado o computador. Antes, pagava 70 de petróleo todo mês. Agora, paga 100, porque vai ao super-mercado e descobre que todos os produtos sofreram reajuste. Os 30 reais se foram... Vush... (esse "vush" foi pro cabelo!)

Bom, assim a grana do petróleo vai financiar insegurança e instabilidade nacional e mundial. Velha máxima: os ricos ficam mais ricos. Os pobres, mais pobres. Em breve os ricos descobrem que as vendas de seus produtos baixaram. Problema do mercado? Claro que sim. Os pobres têm menos dinheiro, que já tá todo na conta dos ricos.

"Exportar ou Morrer!"

Alguém ouviu Fernandinho Henrique Maldoso dizendo isso? Foi um lema ao qual eu aderi na época! Estupidez, claro. Querem exportar, porque nos EUA tem dinheiro. Na Europa tem dinheiro. Aumentam a massa de assalariados sem poder de compra, o país cria mais empregos escravos. Os ricos ficam ainda mais ricos e os pobres... Bum xi bum xi bum bum bum (à la Daúde). O emprego é eliminado, a fome continua. O país cresce. Para alguns, apenas.

Cresce?
Bom, vamos ver... Os Ricos querem uma conta polpuda. Querem fazer reservas. Eles reinvestem muito pouco do seu total de lucro pra aumentar a produção. Eles expatriam todo o lucro pra bancos mais interessantes. Bancos que vão fazer investimentos em outros bancos. Compram dinheiro com dinheiro. E dinheiro, vc sabe... É tudo só número, brincadeira de fazer continha... Não enche a barriga de ninguém.

E os ricos reclamam que à sua volta só existem favelas, e que elas só fazem é crescer. Bom, se os milhões estivessem investidos em força de trabalho produtiva, e se eles tivessem um pouco menos de reserva com garantias de que o mercado interno teria condições de consumir seus produtos, então estaríamos cercados de uma classe média baixa, e não de pobres. No mínimo.

Temos que aumentar o poder de compra dos nossos conterrâneos.

Por onde começar?
Empregue um empregado e dê a ele o salário que merece. Compartilhe seus lucros. E não expatrie o dinheiro. Reinvista. Se vc reinvestir, sempre haverá aumento na produção, que aumentará a roda de trabalhadores com poder de compra. Você não reclama que o povo não lê?

Dê a eles a oportunidade de comprar um livro
E não se esqueça de que o trabalhador tem que ter TEMPO pra consumir
Então, por uma vida melhor, vamos reduzir opcionalmente a jornada de trabalho pra 6 horas.
Tá bom, isso é forçar demais.

Cheidi idéi u cara, aê!


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