Ar Condicionado - Laboratório PUCINFO
Como todo bom subjugado que trabalha, aqui estou eu lendo e desejando nunca ter lido meus emails. Na boa, não sei qual é a grande mágica que nos faz ler nossas correspondências todos os dias. Será que é a esperança de uma mensagem vir do nada com uma notícia do tipo:
"aqui é o seu banco. Lembra daqueles sorteios? Pois é, você foi contemplado. Ligue para xxxx-xxxx e fale com um de nossos robôs antendentes, para reclamar seu prêmio de R$10^100 que você achou que fosse mentira."
Ou quem sabe aquela máxima do
"Oi, aqui é a Daniela Cicarelli. Descobri que você é o amor da minha vida!"
Ok, ok... Essa pelo menos me faria rir.
Lendo estas duas mensagens que não vieram (!), penso em várias coisas. O meu banco, se me mandasse uma mensagem dessa, eu saberia que é o meu gerente me pregando uma peça - mesmo que eu nunca na vida tivesse visto a cara do infeliz. Pior do que isso, a Daniela Cicarelli certamente seria um Daniel Centarrolla, me passando um trote via e-mail.
E de muito bom humor, lá vou eu com uma dor de cabeça dos infernos (gripe até agora não me parece) examinar a minha caixa.
1 - Prova amanhã
2 - Trabalho da faculdade pra entregar na próxima semana
3 - Trabalho da faculdade pra entregar na semana seguinte
...
10 - Trabalho pra entregar no final do período
Pootz... :(
Deixa eu ir, que eu tenho que chegar em casa, estudar até as 2:00am, acordar às 7:00am e lerêêê lerêêê...
[...]
Barulho de carros passando na avenida molhada - Meu Quarto
Continuando. Aqui estou eu, depois de um flash. Largar aquele laboratório foi como me deixar levar pelo "sentido robô". Trabalho, trabalho, faculdade, faculdade, contas pra pagar etc etc. Queria ter tempo de curtir meus projetos pessoais. Vou curtir aos pouquinhos, porque sei que cedo ou tarde eles vão ganhar força. Este aqui, tá perdendo por falta de tempo. Sem mais delongas, e sem tempo nem pra ouvir música, me despeço.
Estes últimos dias têm sido um pouco melancólicos.
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