quinta-feira, abril 14, 2005

Soneto das Dissonantes Platonices

E se de repente verdes esperanças
Se levantassem em mim?
Às vezes o tempo sente
O cheiro da loucura que fiz

Se de repente num compasso
Crescesse triste o embaraço que me trai,
E a alma que se pudesse refaria tudo
Todo o amor que relevou-se em mim?

As veredas de um arrependimento justo e rouco,
Cujo nascer desse meu pranto faz-me louco,
Me furtam a visão de um novo amor também

Mas o que me ocorre é por demais pueril
Que em todas as vidas eu só tenho a ti
Mania infernal e angelical de perfeição

Mente de ideias, mundo de Platão.

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