terça-feira, abril 19, 2005

Àquele Que Nos Criou

Últimas conclusões? Acho que nenhuma. Só algumas novidades: adquiri um contrabaixo (irado, por sinal), que vocês verão em breve por aqui. Espero que também possam ouvir, pois vou fazer o possível para voltar a compor. E quero que tudo fique online, bunitinho.

Próximas aquisições até o final do ano: um tecladão e um micro decente pra gravar! ;)
Pra quem leu o novo texto à direita, já sabe do que se trata: um investimento.

De vez em quando o site http://rsantiago.no-ip.org estará online. De vez em quando haverá coisas interessantes pra pegar lá, mas esqueçam a parte de trabalhos de faculdade (exceto se vc for do meu grupo). Se quiser acessar e eu estiver online, me fala, que dá pra colocar as coisas no ar pra download.

Segue mais um conto, cujo título é o desse post:



Ele apreciava a natureza nas pedras, nos trovôes e nos choques das massas de ar. Havia uma coisa naquele planeta que o atraíra: água. Viveu a observar as possibilidades de evolução da terra, gostava do calor e da atividade vulcânica. Seria um lugar perfeito para haver vida. Depois de viajar bilhões de anos-luz, descansou por milênios, observando calmamente as ondas do mar.

Juntou um pouco de barro: tronco, pernas, braços e uma cabeça. Assim como ele próprio. Soprou no que seriam os ouvidos, e sussurrou:
- Faça-se a luz.

Da infinitude de seu olhar saíram seres alados e brancos, para que a vida encontrasse respostas.

Para que se pudesse aprender sentir o prazer de criar, presenteou a todos com a liberdade.

Continuou a vagar por toda a eternidade. Acompanhou a tragetória daquele barro molhado: foi logo atingido por um relâmpago, e dali despertou a primeira forma de vida. Caminhou por entre os grandes e antigos répteis, conheceu as primeiras civilizações. Utilizou a própria água para estirpar a criação que subverteu os valores que pregava. Ensinou todas as artes em seu devido tempo às pessoas propensas a aprendê-las e disseminá-las. Professou sua fé, ressuscitando após a a crucificação pelos seus próprios filhos, provando ser ele próprio o caminho, a verdade e a vida. Hoje se confunde no meio da multidão, sendo visto normalmente vestido com jeans e camisa de algodão. Suas palavras estão marcadas para sempre na memória ancestral de cada ser vivo: "Faça-se a luz". Estas mesmas palavras ecoam em nossos corações, como um alguém preso em busca da justiça pela bondade.



Safe Creative #0801220392612


"De papel passado e com firma reconhecida em cartório." - Samba da Bênção, de Vinícius de Moraes e Baden Powell.

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