Sob o orvalho que reluz
Na manhã ensolarada
Matas virgens, braços d'água
Na doçura de um jasmim
Que dez mil vai semear
O tremor da depressão
Tal transformação conduz
Na transfigurada encosta
Indaiás assistem e choram
Longas eras até aqui
Tantas mais a se cumprir
Um tufão de passarada
Dos ipês se desviava
Ao surgir da ribanceira
Tanto bicho a se banhar
Há a noite e há o Sol
Tempestades e tormentas
A ninhada derradeira
Todas onças morrideiras
Seres prestes a sumir
Porque o tempo vai passar
No agouro de uma estrada
Os pequenos se matava
Tanta pele pelo chão
Infeliz do bom coati
Há a dor e há o mar
Há trovões a desabar
Há o mundo a desandar
Um fulgor por trás de tudo
Lá do cosmo a comandar
No milagre do existir
No quiçá do tal porvir
Nasce a acássia.
Um comentário:
estava com saudade de te ler! :)
Postar um comentário