Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Retinta dos bons jardins Edênicos!
Perfeitas, maliciosas e virgens brumas
Guardam-te, sequestrando-me do desejo!
Me fazem conter-me ao vê-la só tez,
Cravando em minhas pestanas, alvura,
Mas na alma, satânico bem do querer,
Do véu santo e dos espinhos cegos, nua
Contento-me de, inocente, deixá-la!
Paro a deliciosa pré-luta de órbitas vis e rasas
Apagando sozinho as chamas do Eros que afagavas
Mas se, palatado o teu néctar por minha gula,
Aproveita o inseto que tua lótus cala!
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
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