Aprender um instrumento é entender exatamente o que nele desperta sua sensibilidade e o atrai. Certamente, ele se torna mais ainda cheio de traços interessantes à medida que o tempo passa. No meu caso, antes de tocar piano, me interessava, sim, por música popula no piano, mas nunca fui tão interessado em como um artista poderia conseguir as notas, ou mesmo no timbre e capricho do instrumento.
Ao acontecer - ao tocar as primeiras notas em um novo instrumento - você é instantaneamente levado a se interessar também pelas obras que demonstram o instrumento. Foi assim também com meu violão e meu contrabaixo. Foi assim até com meu pandeiro e bongô, e vejo, constantemente, a minha aquarela musical (com licença de uso do termo, Manu) ganhando cores.
Um instrumento, tanto quanto agracia um arranjo, também é por ele enriquecido. Afinal, o que seria do piano sem Chopin? E do violino, sem Paganini?
Engraçado é poder entender essa mecânica do instrumental, e se pegar ouvindo novos instrumentos - como neste momento ouço um alaúde, e me pego fazendo as mesmas perguntas novamente, mesmo sem ter a pretensão de sequer encostar em um, um dia.
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