A relação entre todas as coisas é existente, para o nosso universo perceptível, em duas esferas: a primeira, da experimentação, ou física. Toda espiritualidade conhecida por nós, enquanto encarnados, se manifesta também de forma física até onde podemos medir - e até onde mais pudermos inventar de medir. Tudo é imagem, ou paz, ou alegria... Todas sensações do corpo. Quer mais? O restante é som, é toque, é arrepio. O que de tão extraordinário há nisso?
A segunda esfera - e esta é a mais capciosa e perigosa de todas, se me permitem meta-inferir, é a da abstração, onde se encontram a idéia e a linguagem. Podemos relacionar quaisquer duas coisas através de palavras, escapando das amarras do mundo físico. É aí que surge a crença. Em espíritos, no amor, em que não se pode misturar manga com leite, que mata.
A mistura de ambas as esferas - da manga e do leite - nos organiza. A primeira é limitadora. A segunda, libertadora - porque, através desta, podemos subverter aquela, através da tecnologia, por exemplo.
Tomemos cuidado, pois, para que não tornemos a esfera abstrata um meio limitador. Antes de ser proibitiva, ela deve melhorar a qualidade de nossos relacionamentos na primeira esfera, e assim, melhorar nosso relacionamento com a Criação, objeto da manifestação da vontade de Deus.
Estar de bem com o universo que nos cerca é o primerio passo, para que haja a compreensão de Sua Graça, e para que o alcancemos, posteriormente.
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