domingo, outubro 29, 2006

Lula e o Milagre da Multiplicação de Empregos

Como criar novos postos de trabalho no Brasil?
Simples: redefinindo-se o que é um posto de emprego.

CBO = Classificação Brasileira de Ocupações

A reedição da CBO foi executada em 2002, primeiro ano do governo Lula.

"Desde a sua primeira edição, em 1982, a CBO sofreu alterações pontuais, sem modificações estruturais e metodológicas. A edição 2002 utiliza uma nova metodologia de classificação e faz a revisão e atualização completas de seu conteúdo."

Por exemplo:

5198 :: Profissionais do sexo

5243 :: Vendedores ambulantes (Camelôs)

Bom... Isso não são exatamente empregos. Essas pessoas, em geral, não têm vínculo empregatício nenhum, e se viram como podem pra viver. Mas o nosso presidente, o Lula, não pensa dessa forma. Votei nele da primeira vez. Não votei da segunda. Não porque o Alckmin fosse melhor. Era só pra variar a cagada.

Eu imagino nosso presidente nos falando o seguinte: "se você não conseguir trabalho, caro companheiro, que tal se prostituir, ou andar de Sol a Sol vendendo água mineral no sinal??"

Ele vai ter mais 4 anos pra fazer algo que preste. Já que não conseguimos destituí-lo, vamos pelo menos orar pra que ele pelo menos tente.

O que é, pra você, criar um emprego, caro leitor?

sexta-feira, outubro 27, 2006

Acerca do Equilíbrio Natural

O homem nada mais é do que um ser vivo muito bem adaptado e adaptável. Isso faz ocorrer a explosão demográfica, e entramos em dissonância com nosso meio ambiente. A nossa proliferação causa naturalmente o desequilíbrio e várias reações desse planetinha.

Felizmente, nós temos nas nossas mãos o conhecimento e a capacidade para restaurar o equilíbrio que ameaçamos.

Infelizmente, ter todo esse conhecimento e capacidade é bem diferente de ter a consciência do que devemos fazer.

Pode ser que estejamos cavando nossa própria cova, enquanto humanidade. Pode ser que não tenhamos essa consciência toda, na prática. Mas é bom saber que ela pode existir em algum lugar, pois me dá esperança, e ter esperança me faz bem.

Me sentir bem é sinônimo de querer continuar vivendo. Eu acredito que muita coisa vai ser transformada positivamente, nos próximos 70 anos. Não vou ser um neo-malthusiano, proliferando o apocalipse e o fim do mundo. Eu sei que vamos nos tocar. Ou vamos, simplesmente, deixar de ser.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Conheça-me: Eu Sou Isto Aqui

Certas coisas me fazem muito, muito, muito, muito mal.
Certamente, a falta de transparência é uma delas.

Esse lance de "deixa pra lá que depois tudo se resolve" é um pensamento muito pobre. Eu não gosto de desentendimentos.

"Um dia, um primeiro bom agricultor pegou suas melhores sementes e começou seu plantio. Veio um segundo bom agricultor e viu o trabalho de seu companheiro. Ao olhar pro chão, estava lá um pacote vazio das piores sementes. Não se sabe como surgiu aquele pacote vazio. Ele apenas estava lá, pronto para enganar um observador desatento. O segundo agricultor chamou a atenção do companheiro e começou a catar as melhores sementes do chão, alertando seu amigo de que aquelas não eram as melhores, mas sim as piores sementes. O primeiro agricultor deixou seu bom amigo continuar o trabalho, porque sabia que ele era alguém muito especial e bem intencionado. E assim, as boas sementes foram mais tarde jogadas ao fogo pelo segundo agricultor, que tinha as melhores intenções."

A reação do primeiro agricultor não tem lógica. Mas é exatamente isso que fazemos durante toda vida, ao deixarmos um pequeno desvio de entendimento perdurar. Somos como o primero agricultor que, tendo plantando boas sementes, deixou que alguém as destruísse, simplesmente porque era alguém tão bem intencionado quanto ele.

Imagine se eu ficasse quieto a cada vez que desse a entender algo que não fosse verdade? As pessoas, aos poucos, formariam uma opinião equivocada sobre a minha pessoa. E pra reverter esse quadro, como seria? Teria que catar cada pequeno engano pra desenganar? Eu quero uma opinião baseada na verdade dos fatos, e não numa interpretação trocada.

Eu detesto tudo o que fira a minha integridade. Esse é um problema crônico, pra mim. Se tomar conta da minha integridade fosse uma loucura, eu encabeçaria a lista dos internados.

Sempre assumi todos os meus erros, e reconheço quando faço alguma besteira. Às vezes, erro sem saber, mas ao entender que errei, faço o que estiver no meu alcance pra corrigir. Mas assumir um erro que sei que não cometi? Olha, até tentei... Mas não rola. Simplesmente, não rola. Conviver comigo é saber disso desde sempre. Graças a Deus, eu não sei de ninguém que tivesse me dito que sou irritante, ou ruim, por isso. Pelo contrário, isso me é motivo de elogios, e devo ao Deus todo esse juízo. Tenho todas e tantas amizades quanto posso fazer, das melhores possíveis. De um, dois, dez, vinte anos. Amizades de vida inteira, e até um grande amor, como todos esperam que seja um grande amor.

Desentendimento, eu não sabia, me faz fisicamente mal.

Pode achar que sou mau ou bom. Mas que ache com base na verdade.

Agora, pense você também se não é bem melhor comunicar do que deixar pra lá.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Engraçado

Quando eu era mais moleque
Não queria saber do que era novo
Só queria ouvir as velharias
E o que tinha sido história

Passa o tempo, e histórico me torno
Hoje, diferente dos velhos dias,
Quero mesmo é sair pro abraço
Reinventar tudo o que faço

Quando era criança, eu queria o meu chão
Um chão firme, que não machucasse meus pés
Um chão forte, pra eu me formar de primeira

Quando era criança, queria cantochão
Mas hoje, quero eletrizar,
Quero sambar tudo de novo
Quero abraçar tudo que gosto
Ver o renovar do meu povo

Prometo a vocês:
Um dia eu toco a genialidade


quarta-feira, outubro 18, 2006

Âncora

É bem diferente
Não tentar por não saber
Se o que pode dar certo dará

De não tentar
Por saber que certo vai dar
E afinal, ter de luxo uma preguiça
Que não me deixa continuar

Preguiça não, qualidade de vida
Porque o mundo vive entulhado
De mais e mais trabalho

Confesso, em alguns momentos,
Eu quero é desfrutar
Esticar as pernas com quem amo
Não quero me afogar atarefado

Não, não quero mesmo trabalhar
No lugar de quem pede emprego
Quero aproveitar o que é moderno
O que me economiza tempo

Quero dar salário a quem precisa
Quero empregar
E se o dono do rebanho engorda o gado
Quero alimentar meus empregados




Não, eu não tenho empregados. Mas a idéia da poesia é essa. Num país onde os impostos acabam com a produtividade do setor privado, em favor de um governo populista, fica a minha crítica: essas bolsas-auxílio podem acabar com a vontade do trabalhador de trabalhar, e com a capacidade do empregador de empregar. ;)

** Não sei como é o plural de bolsa-auxílio, se alguém souber, me diz!

segunda-feira, outubro 16, 2006

Beautiful Couple - Jorge Maia - 26/08/2006

(to Emmanuele and Rodrigo)

When I see then together, happiness shinning in theirs eyes
If I feel sad inside I change myself and feel me all right
When they wandering aimless, sun kiss theirs skins
For whom rings the bell? – For Rodrigo and Emmanuele

They live in the bottom of my heart
They clear my way when life is very hard
It’s good to know their love still growing
It makes me happy when I’m feeling down

Some day they will be three or more I hope to see
Children smiling on the lap of the beautiful Singer
And though many years will pass, we still listen the bell
Ringing for the love of Rodrigo and Emmanuele


Poema de Jorge Maia, um amigo nosso.

Aqui, um passeio de Domingo. Fomos à Ilha Grande e visitamos algumas praias:
Daiane, minha irmã:
Inominável

Inefável:
Inefável

Eu, Nayara e Manu. Caretaz:
Caretaz

Sugata, eu, Gonçalves (meu paizão) e Daiane. Vamu Cumigu!
Vamo Cumigu!

Eu :-)
Eu

Layla, Nayara (minhas primas) e Manu
Primas e Manu
Amandinha foi, mas não consegui ainda uma fotinho dela no passeio. Tudo bem, outro dia rola :-)

Novidades: comprei um piano elétrico. Amanhã começo as aulas no CIGAN

sábado, outubro 14, 2006

Ócios do Ofício (27/08/2006)

(Rodrigo Santiago& Manu)

Segue a receita do sucesso
Não é trabalho sobre trabalho
Tampouco sobrar dinheiro
Trata-se do grande segredo:
Seu trabalho deve ser um grande brinquedo
Dentro de um parque de diversões
Onde brincam também
Todos os seus companheiros
Com lápis e papel nas “mões”
Escreve ali, ri aqui, ama acolá...
O trabalho de verdade
É a arte de brincar
E não ter medo de errar




Um dos ossos do ofício Viver é o Morrer. Em menos de 48 horas, partem dois avós. Dona Lourdes e Seu João, na ordem cronológica das coisas.

É sinistro. É possível. É normal. Lamento.

segunda-feira, outubro 09, 2006

A Vaca Foi Pro Brejo

Nesta Sexta feira houve o casamento de um dos nossos companheiros - Casé, o Amigo da Garotada. Só que essa festa era proibida para menores. Lá foi então O VACA, ignorando a tudo e a todos, passou-se por adulto e... Garoteou. Segue o documentário do caso:

Aqui, podemos ver em ângulo exclusivo os passos da Vaca... Ela foi quem ensinou o U Can Dance:


Aqui, uma palhinha de como estava bebendo a Vaca:


Aqui, a Vaca regurgitando... Mas não era grama... Era malte escocês.


Aqui, momentos depois de ter sido acudida pelo Costa.


E as Fotos:

O Encontro
O Encontro

O Delírio
O Delirio

A Entrega
A Entrega

O Auge
O Auge

Resultado dos 15 Copos
Resultado Dos 15 Copos

Cachaça Não É Água
Cachaça Naum É Água

Esta foi mais uma fábula "daquelas". Qualquer semelhança com a verdade é mera coincidência.

Pintando o Céu

Encanto meu,
Tremo como o fogo
Com saudades dos abraços e sorrisos
De tanta mágica, de tanto brilho

Nada falta.
Na tua compania
Ser também essa boa companhia
Era todo o meu querer

Me faz bem, amor
Cuidar de ti
Alguém tão especial
Entregue aos meus abraços

Dando-me a missão de trazer
Mais céu à tua vida
Sabendo que muito do que é bom
Acontecerá a dois, e somente a nós dois

Cuido bem de mim
Mas nunca me achei capaz
De cuidar de outro coração

Amor, encontrar alguém assim
Pra mim era utopia
E se tu te revelas feliz
Penso que tenho feito jus
Dando tudo o quanto precisas

Sonho que surgiu pra mim
Mais bela criatura
Que veio sem saber o porquê

Quem sou eu?
Senão aquele que tem, por obrigação, trazer-te
Sonhos prazerosos todos os dias?

Quando ligado em teu espírito,
Minh'alma engrandece
E se não te encontrasse,
Minha existência findaria no dia que eu morresse
Mas você me faz terno e eterno
Eu te amo, é o mínimo que posso fazer

Falarei disto todas as vezes
Pois gosto de fantasiar o amor,
Emoldurando nossa paixão

Yo no buscava nadie y te vi

E se tu cansares das minhas palavras,
Aprenderei a pintar o céu pra ti




Pra vc, Manu :)

sexta-feira, outubro 06, 2006

Lo Straniero

A quem interessar possa, Esse cara tem os textos excelentes. Vá para lá, agora.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Acabou o Suco

Esse conto é muito, muito antigo. Deve fazer um ano e meio que o escrevi. Em todo o caso, ou eu não o publiquei anteriormente, ou o blogger simplesmente perdeu um post. Vamos lá:

Tudo começou quando acabou o suco de goiaba de caixinha. Eram dez horas da manhã, em pleno feriado no Rio de Janeiro. Vida de solteiro morando sozinho é assim: você acorda, faz algumas coisas e só vai tomar banho lá pelo meio dia, quando sente fome e quer almoçar mas está com preguiça de fazer comida. No meu caso, não é preguiça. É uma imperícia da peste: eu não sei cozinhar, e também não me interessa aprender.

Há quem me pergunte como eu consigo me virar na vida social, quando rola um rateio para o almoço na casa de um amigo. O que eu faço? Como participo? Ora, lavo louça. Não ligo para isso, e até gosto. Mas em casa, sozinho, fazer almoço e lavar louça? Definitivamente, não é para mim.

Voltando. Lá estava eu, na frente do computador editando uns textos - porque nestes dias me surgiram algumas idéias, e tenho colocado tudo no papel - quando fui até a cozinha pegar algo para beber. Pus um copo de suco de goiaba, que acabou com o que havia dentro da caixinha. Depois de matar o suco, a caixinha ficou ali, sozinha em cima da pia, com um vazio por dentro que dava até pena. Decidi que ela precisava ir pro lixo, e se juntar às outras como ela, indo pro "céu das caixinhas vazias de suco". Ela havia cumprido bem seu papel de matadora de fome das horas vagas, e merecia um funeral. Quem sabe se numa encarnação posterior não voltasse reciclada, e misturada às almas de outros produtos que também serviram dignamente aos seus consumidores?

Peguei a caixa, e olhei para o caixão - o cesto de lixo. Estava cheio. Impossível colocar qualquer coisa a mais. Lembrei que havia ficado de jogar aquilo tudo no fora da próxima vez que saísse. Mas, como todo cara relapso que se preze, eu havia esquecido. Por uns quatro dias, eu havia esquecido, e sempre insistia em entulhar mais coisas no cesto, pobrezinho. Já não conseguia nem mais fechar a tampa. Era a hora de um ato heróico: levaria o lixo para a lixeira do prédio, e depois colocaria um saco de lixo novinho em folha, no qual a caixa de suco de goiaba seria a primeira a descansar em paz.

Para o leitor de boa memória, é desnecessário dizer que eu estava como quem havia acabado de acordar, não é mesmo? "Pois é... Aí tem um problema", como diria Cassino - meu chefe - sempre com uma boa inspiração e visão de inúmeros lances à frente da minha. Era muito claro: como iria atravessar o corredor no estado em que me encontrava? Uma blusa azul-desbotada que parecia ter sido mastigada, cabelos para o ar e um short velho que doía? Resolvi dar um "jeitinho rápido", pois, como todo mundo sabe, quando você está em situação desprivilegiada no corredor do seu prédio, todos os vizinhos saem para te ver.

Fui até o banheiro, me olhei no espelho e pensei: nem a Medusa teria coragem de me olhar nos olhos. Passei uma água bem de leve no cabelo, peguei uma escova e lá fui eu lutar contra milhares de fios. Bom, pelo menos são menos do que quando eu era mais novo - acho que eles estão me abandonando de insatisfação. Quando enfim terminei, percebi que não parecia nem que tinha tentado pentear. Mas já estava bem melhor. Precisava de mais recursos. Um boné, quem sabe? Essa idéia, que está sempre entre as primeiras da fila de idéias salvadoras, é sempre ridícula, ainda mais quando você só quer atravessar o corredor. Para mim, seria pior se me vissem de boné, porque não haveria maneira de esconder o quanto estava preocupado, e detesto quando isso acontece, ainda mais no que tange minha beleza natural, da qual tenho tanto orgulho.

A idéia do boné foi pelo ralo - Há uns 6 anos, data do meu último boné, eu acho. Comecei a enganchar uma cabelo no outro, para pelo menos mantê-los baixos o suficiente. Assim, quem me visse de longe não ia notar nada, a não ser que fossem aves de rapina. Depois de uns minutos tentando ajeitar meu visual, me peguei pensando em como me preocupara com aquela trajetória ridícula de menos de dez metros, entre a porta do meu apartamento e a lixeira, no corredor.

"Mas era ida e volta", pensei. Agora é a hora de você me perguntar se sou algum lunático. Eu estava prevendo que todo o tráfego pedestre de Botafogo passaria por aquele corredorzinho, e que a distância até a lixeira era a de uma maratona. "Ida e volta", pensei novamente. "Mas e se me virem de costas? Eu não sei como está meu cabelo desse ângulo." Meu ego agonizava, tremendo encolhido ali, no canto do banheiro, com olhos vidrados e grandes. E percebi o quanto somos vuneráveis às condições tão normais de temperatura e pressão que nos assolam todos os dias.

Subitamente, um instinto heróico me tomou o espírito. "Eu vou do jeito que estou, e dane-se (dano-me) se alguém me vir assim". Afinal, a caixinha de suco de goiaba já estava se sentindo abandonada com o meu descaso. Corri para a cozinha, dei um nó no saco de lixo, tirei-o de dentro da lata e abri a porta, tudo de uma vez. A caixinha pulou de alegria, como um plebeu que vê o He-Man chegando para salvar a vila das maldades do poderoso Esqueleto. Um infortúnio, porque pareço mais com o vilão.

No meu som, tocava muito alto o álbum Breathless do Camel o tempo todo. Quando entrou a música Summer Lightning, me enchi de inspiração. Olhei o corredor, mas não parecia haver qualquer sinal de inimigos ou transeuntes. Nem mesmo as águias ou falcões. Pensei: "os inimigos sempre armam as emboscadas nas curvas dos corredores". Sorrateiramente, dei os primeiros passos para dentro daquele labirinto. Me sentia um herói de O Senhor dos Anéis. Mais especificamente o Frodo, que é mais fraco e tolo. Torcia mesmo que houvesse somente orcs no corredor, pois pelo menos são mais feios do que eu, e não poderiam zombar de minhas madeixas despenteadas. Com um passo após o outro, me aproximava da garganta do gigante (a lixeira) que engoliria todo o lixo com seu apetite voraz.

Suava frio. Durante todo o caminho, me perguntava quando os inimigos saltariam do nada para caçoar de mim, ou quando aquela vizinha gatinha sairia de seu apartamento e me veria novamente numa situação embaraçosa. Da primeira vez em que a vi, eu estava saindo para trabalhar e não notei que ela estava no corredor. Imitava um solo de bateria, com os barulhos, gestos e tudo mais. Foi patético.

Mas ali, com os pés descalços e o chão frio, não havia nada. Nem sequer a miúda torcida do Fluminense. Nem sequer a velhinha que costuma caminhar de vez em quando pelo corredor para exercitar, e sempre pergunta pela minha mãe como se me conhecesse desde que nasci, apesar de eu nunca tê-la visto até uns seis meses atrás, quando me mudei para o prédio. Em menos de trinta segundos, fui até a lixeira, enfiei o saco de lixo pelo buraco, fechei e num piscar de olhos estava em meu apartamento novamente: o Solo Sagrado.

Frustrante. Eu havia me preparado tanto para atravessar aqueles dez metrinhos, e nem uma viva alma foi me ver? Impossível. Logicamente, fui procurar o que mais havia de lixo para ser jogado fora. Havia o da sala e o do banheiro. Levei os dois, um a um, só para prolongar minha estadia no corredor. Não adiantou, o corredor era um deserto. "O mundo deve ter sido abduzido, não é possível!" - Eu exclamei, enquanto voltava da última viagem.

Num surto de loucura, fiz uma cambalhota no chão do corredor. E outra. Depois, dei uns passos, e fiz uma estrelinha. Ninguém apareceu, nem para aplaudir, nem para vaiar. Tomei mais distância, corri e dei um salto-triplo-escarpado, igualzinho à Daiane dos Santos, mas Botafogo inteiro já devia estar dentro de uma nave mãe à la Independence Day. Tirei a blusa e joguei no chão. Depois, dancei sensualmente e fiz um strip do restante. Estava nu, no corredor, e ninguém aparecia. Ora, será o Big Brother? Nem um camundongo. Nem uma formiga, sequer. Notei que estava indo longe demais quando lembrei que as portas tinham olhos. Olhos mágicos, por sinal.

Recolhi meus trajes de gogo boy do chão e voltei para o apartamento - não deu sequer para fazer um trocado - mas não fechei a porta. O Camel continuou comendo solto, e pus o som no último volume. Nem o Claro Hall tem um som tão alto quanto o meu! Estava pau da vida. Coloquei a maldita caixinha de suco de goiaba na lixeira com um porcaria de um saco de supermercado vazio, lugar mais que merecido para aquele resto de coisas - veio no saco, vai no saco. E finalmente, escrevi este conto inteiro com a porta escancarada, mas nem um vizinho veio reclamar.

Vai ver eles gostam de Camel.


terça-feira, outubro 03, 2006

Votar Em Quem?

O Lula e O Alckmin foram pro segundo turno. Se Lula não fede, Alckmin não cheira. Cristovam, na retaguarda, tem a melhor formação, as melhores ações e as melhores propostas. Lula é o Nordeste e toda pobretada, Alckmin é São Paulo. Cristóvam é Brasília. Brasília é pequenina, São Paulo é gigante e toda a pobretada quase acabou com o segundo turno.

Lula disse que nunca foi esquerdista. Mentira pouca é bobagem.
Alckmin fez carreira política desde pequenino.
Cristóvam é inteligente pra cacete.

Alckmin é esperto. Já disse que vai procurar Cristóvam pro governo dele.
Lula é o careta que tentou manter na média o governo FHC, e em somente 4 anos levou o Brasil às mais altas taxas de juros e estagnação econômica.
Cristóvam? Leia.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Voltando das Férias

Assim é a vida no Tecgraf. Pelo menos ao voltar das férias...

Vídeo com o depoimento:


FOTOS...
Minha Baia - Voltando das Férias

Minha Baia - Detalhes

Stan

Pira e Casé

Kati e Casé

Cenário Pronto

Pira

Katilce

Olha lá o Monitor!

Estação Espacial em Uso

I/O Prepared

Stan Assustado